A vitória de Max Verstappen com a equipe da Red Bull, durante o domingo passado, fez nascer um novo campeão mundial na Fórmula 1. Mais do que isso, a última etapa do campeonato realizada em Abu Dhabi pôs fim ao jejum de 30 anos de títulos da Honda na F1.
O último triunfo na categoria aconteceu com o imortal Ayrton Senna, no longínquo ano de 1991. Que história não é? Também pudera, a Honda entrou na F1 ainda como uma consagrada fabricante de motos, apaixonada por corridas e que estava ensaiando seus primeiros modelos de quatro rodas.
A fabricante japonesa entrou para a F1 como equipe oficial em 1964, mas já desenvolvia o carro RA271 ainda em 1962. Foi um grande feito, visto que na época o time produzia seus próprios chassis e motores, coisa que apenas Ferrari e BRM haviam feito. Além disso, a Honda era uma fabricante exclusiva de motos e ainda ensaiava seus primeiros modelos de carros de rua.
Na categoria, a primeira vitória veio em 1965. No entanto, a equipe fez sua despedida já em 1968, motivada por um acidente fatal sofrido pelo piloto Jo Schlesser durante o GP da França daquele ano. A empresa só retornou em 1983 à F1 e apenas como fornecedora de motores.
A Honda faturou o seu primeiro título na F1 motorizando o brasileiro Nelson Piquet, em 1987. Foi o tricampeonato do piloto, que na época competia com a equipe da Williams-Honda. Em 1988, foi a vez da Honda comemorar o sucesso com outro brasileiro. O saudoso Ayrton Senna levou o carro do time McLaren com o motor japonês mais uma vez ao protagonismo.
Logo no ano seguinte, em 1989, o terceiro título mundial da japonesa foi conquistado pelo arqui-rival francês Alain Prost, na mesma equipe. Em 1990 Senna deu o troco com a McLaren-Honda frente a Prost, então de time novo na Ferrari. Em 1991, Ayrton fechou uma era de conquistas para a fabricante com o seu último triunfo no mundial.
Nessa passagem de sucesso, entre a década 80 e 90, a Honda faturou seis títulos de construtores (dois com a Williams e quatro com a McLaren), além de cinco títulos de pilotos, Ayrton Senna (3), Nelson Piquet (1) e Alain Prost (1). Sem dúvidas, a época de ouro dos japoneses.
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Depois de uma enriquecedora parceria entre Senna, Honda e McLaren, as coisas mudaram de rumo antes da segunda metade dos anos 90. Após a concorrência ferrenha de novos times rivais e fabricantes, o piloto migrou a sua fatídica passagem para a Williams e a McLaren mudou de fornecedor.
De 1993 a 1998, a Honda esteve na F1 apenas como fornecedora de motores por meio do seu parceiro independente, a Mugen Motorsports. No entanto, após promissores resultados, os japoneses voltam a fornecer oficialmente em 2000 a equipe BAR. Em 2005 a fabricante adquire o time cliente e cria a equipe oficial Honda Racing F1 Team.
O time de fábrica saboreia gosto da vitória e contou com a também com a presença do brasileiro Rubens Barrichello. No entanto, após uma baixa performance e afetada pela crise econômica mundial, a Honda anuncia sua saída da Fórmula 1 na sequência, em 2008.
Em 2015, a Honda retornou à F1 como fornecedora de motores, alimentado sua antiga parceria McLaren. No entanto, a complexidade na construção do novo propulsor turbo V6 de injeção direta de 1,6 L se mostrou desafiadora aos ‘novatos’ japoneses. Após resultados desastrosos a união foi desfeita ao final de 2017.
O sol só brilhou novamente na temporada de 2018, quando a Honda passou a fornecer motores para equipe escola na F1 da Red Bull, a Toro Rosso. Com a pressão reduzida em um time menor e um novo grupo de trabalho os japoneses progridem. Já em 2019 também passaram a motorizar os carros principais da Red Bull.
E foi com a equipe austríaca o primeiro pódio na era dos motores híbridos, no GP da Austrália de 2019, com Verstappen. Mal sabia o mundo que em 2021 a Honda seria levada ao seu sexto título de pilotos com o piloto holandês.
Mas como tudo que é bom dura pouco, em 2022 a Honda já não estará mais oficialmente da F1. Campeões, os japoneses vão seguir apenas colaborando com o time austríaco no processo de transição para a Red Bull Powertrains, que resultará em motores próprios à equipe laranja. Que essa despedida seja apenas mais um até breve!
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