5 motos com economias questionáveis em seus projetos

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Resultado de anos de desenvolvimento de peças, trabalho e testes, podemos afirmar que não é fácil criar uma motocicleta. E nem barato. É por isso que as montadoras buscam algumas economias pontuais a fim de que o produto final, mesmo demandando tanto investimento, caiba no bolso do possível comprador.

 

Motos econômicas demais

Acontece que às vezes as fábricas exageram na medida e acabam privando o motociclista de itens básicos, importantes para sua comodidade e que estão disponíveis mesmo em versões mais simples. Bora ver alguns exemplos de motos que acabaram ‘simples demais’ em alguns aspectos?

motos e economia - bros

Andar de moto é um prazer! E pode ser ainda melhor em uma moto completa, mas tem modelos que perdem equipamentos por economias difíceis de engolir

 

1 – Yamaha Fazer 150 e Crosser sem relógio

Há cerca de dez anos a Yamaha precisava reagir ao sucesso da principal rival nas motos de baixa cilindrada e apresentou a Fazer 150. Motor inédito, acabamento de alto nível, cores e grafismos que casavam com o novo visual. Bela moto.

motos com economias desnecessárias

A Fazer 150 chegou para pôr a Yamaha de volta à briga com a – então – CG 150. A irmã Crosser viria logo na sequência

Uma de suas apostas estava no design e por isso o modelo ganhou um painel completamente novo, que equiparia a XTZ 150 Crosser a partir do ano seguinte. Tinha uma funcional tela em LCD, um grande conta-giros e nível de acabamento superior ao da Honda. Só esqueceram do relógio. Alguns anos e muitas reclamações depois, as Fazer e Crosser receberam o equipamento.

Bonito e funcional, painel tem nível de acabamento incomum na categoria. Mas e o relógio, cadê?

 

2 – BMW sem marcador de combustível

A GS 650 é um dos principais sucessos da história da BMW. Inclusive nas pistas, com duas conquistas no rali Dakar, entre o final dos anos 1990 e início dos 2000. Conhecida do público desde 1993, anos mais tarde o modelo receberia uma merecida atualização para ficar mais algum tempo no mercado. Foi em 2011.

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Protetores de motor e de mãos, aquecedor de manopla, ABS comutável, tomada 12V… mas o indicador de combustível ficou faltando nas GS 650. Havia apenas uma luz que mostra quando o nível chegou na reserva

A nova G 650 GS tinha visual inspirado nas irmãs maiores e recebeu uma belo pacote de itens de série, alguns quase luxuosos. Tinha aquecedor de manoplas, tomada 12v (ainda que mal localizada, sob o banco) e até ABS comutável, que podia ser desligado na roda traseira. Mas e o marcador de combustível? Esse não. A ‘tecnologia’ jamais foi empregada ao modelo, que saiu de cena em 2016.

Aproveitando o clima de rali Dakar, você lembrava que a GS 650 já faturou a competição? E duas vezes!

 

3 – Himalayan com afogador

A Himalayan chegou ao Brasil em 2019, causando uma série de impactos. O primeiro foi visual, claro, diante do design cheio de identidade do modelo. Já entre as demais estava a… espera, aquilo no guidão é um afogador?

motos com economias desnecessárias

Discreto, mas presente, o afogador fica ao lado do punho esquerdo. Pode significar o reaproveitamento de componentes para motos mais simples, ainda carburadas

Sim, é. Mesmo com injeção eletrônica, o modelo possui um afogador (lembra deles? Têm a missão de ajudar a partida e a frio e ‘esquentar’ a moto antes de colocá-la para rodar), desnecessário graças ao sistema da injeção. Isto pode significar que componentes seriam reaproveitados para outros modelos mais simples, carburados, e acabaram equipando motos injetadas também.

Poucos centímetros distante do jurássico afogador, a Himalayan tem o Tripper, um sistema de navegação desenvolvido junto do Google

 

4 – Motos ‘premium’ com chave comum

ABS adaptado para curvas, suspensões ajustáveis eletronicamente, infinitos mapas de potência e controle de tração, cruise control, iluminação full LED, para-brisa elétrico. Estes são só alguns dos itens de série presentes em muitas motos premium, como big trail.

motos com economias questionáveis

Presente em muitos scooter de baixa cilindrada (como PCX e NMax), smartkey ainda não chegou a muitas motos grandes, como Africa Twin 1100 e Tiger 900. Na foto, o ADV 150

Acontece que algumas acabam deixando itens quase básicos, encontrados até em modelos muito mais baratos, como scooter de baixa cilindrada. É o caso das concorrentes Triumph Tiger 900 e Honda Africa Twin 1100, que não tem chave por presença (smartkey) mesmo em suas versões topo de linha.

 

5 – Motos sem cavaletes e outros itens de manutenção

Silenciosamente, ao longo do tempo as motos 0km foram barateando seus itens de série voltados à manutenção, especialmente nos modelos de entrada. Um dos afetados foi o kit de ferramentas, cada vez mais econômico.

Útil mesmo para tarefas básicas como ajustar ou lubrificar a corrente, o cavalete central é raridade sobretudo nas motos de baixa cilindrada

Outro componente quase dizimado neste movimento foi o cavalete central. Presente em raras representantes da baixa cilindrada atualmente, exige que o dono faça a instalação de um equipamento paralelo se quiser fazer manutenções simples da moto em casa, como engraxar a corrente sem passar apertos.



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