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Chefe de equipe da Honda responde 8 perguntas sobre o MXGP 2018

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O Mundial de Motocross 2018 começa neste fim de semana, nos dias 3 e 4 de março, na pista Villa la Angostura, na Argentina. Como são grandes as expectativas dos fãs brasileiros com o time brasileiro, o MX Action conversou com o chefe de equipe de MX da Honda, Cale Neto, para saber mais sobre os seus planos para a temporada 2018. Confira!

O que você está achando do seu trabalho atual?

É uma grande responsabilidade! O trabalho tem muito peso, porque estou representando uma marca que é dona de 80% do mercado nacional e é formadora de ótimas experiências para vários pilotos. Ao mesmo tempo em que transmito um pouco do que sei, também aprendo muito e faço as coisas de um jeito diferente. Acho que o trabalho com a marca é um divisor de águas para mim e será um desafio continuar o legado do grande chefe de equipe que a Honda já teve, que é o Wilson Yasuda. Espero continuar com esse legado, pois estou preparado para isso.

Como é a sua relação com os pilotos?

Procuro trabalhar muito próximo deles. Gosto de saber como eles estão se sentindo, se estão tristes ou se precisam de alguma coisa para melhorar. Não acredito que um piloto triste possa ter um bom resultado na pista. Ele tem que estar confortável consigo mesmo e feliz em cima da moto. E o chefe de equipe tem que entender tudo o que está acontecendo. Às vezes é um problema pequeno, que é fácil de resolver.

Como o nome “chefe” é muito forte, também procuro quebrar esse gelo e ter os pilotos como amigos meus. O Jetro Salazar já é alguém com quem tenho uma grande amizade. Com o Hector Assunção e o Gustavo Pessoa, que entraram neste ano, vou construir essa relação aos poucos. Quanto mais próximos nós estamos, melhores são os resultados.

Acredita que eles têm potencial para grandes conquistas neste ano?

Tenho certeza de que eles possuem potencial para grandes conquistas em 2018. Para mim, eles são os melhores pilotos do Brasil. Neste momento, preciso dar as instruções certas para que tenham um ótimo desempenho dentro da pista.

Quais os seus objetivos para o MXGP 2018?

Quero que os pilotos consigam ter um excelente desempenho nas pistas. Tenho certeza de que eles serão os melhores do mundo, porque nós estamos trabalhando para isso e a equipe está dando o seu máximo para obter bons resultados. Desejamos trabalhar bem com o que temos para tirar ótimos resultados na competição.

“O segredo não é trabalhar oito horas por um salário, mas 24 horas por um sonho”.

Quais suas expectativas?

Para mim, nós já somos campeões. Se tudo seguir como estamos planejando, nós seremos campeões em todas as categorias possíveis. A positividade puxa o time e eu, como chefe de equipe, tenho que manter essa positividade lá em cima.

O que você acha dos equipamentos utilizados neste ano?

Estou muito feliz com os equipamentos. Primeiramente por causa da moto que é a CRF 450R 2017/2018, que é totalmente reformulada. Ela tem um projeto novo, muito bem equilibrado e mais fácil de mexer, com uma força na roda traseira que é fora do comum. Então, o equipamento usado é fantástico e eu estou muito feliz e confiante também por causa dessas motos (a CRF 250R também é excelente).

Em relação aos equipamentos de piloto, nós estamos com uma das melhores marcas do mundo, que é a Alpinestars. O equipamento é de ponta (não é à toa que ela acompanha atletas no mundo inteiro). Os capacetes Bell também são extremamente leves. Nós usamos o Bell Moto 9, que possui ímã capaz de segurar todos os forros e tem a estrutura em fibra de carbono.

Você tem algum segredo para ter bons resultados no trabalho?

O segredo não é trabalhar oito horas por um salário, mas 24 horas por um sonho. Você não deve contar as horas do relógio só por contar. Você precisa contar as horas sempre tendo em mente a próxima corrida. Trabalhar com o coração é mais fácil do que trabalhar apenas com a cabeça.

Quais as suas dicas para quem sonha em se tornar profissional?

Muitas pessoas me perguntam o que fazer e o primeiro erro que percebo é a mania de ficar reclamando e não tomar outra atitude. Alguns pilotos me dizem que não tem dinheiro ou que é difícil conseguir patrocínio. Mas é necessário pensar que a maioria dos pilotos que estão em alta agora também vieram de uma base que não tinha dinheiro e que precisava lutar pelo sonho. Os atletas mais bem sucedidos que vejo hoje são aqueles que vieram de condições ruins, mas souberam agir para conquistar o seu sonho. Não existe patrocínio por dó. Existe patrocínio que vem por uma boa performance, muita garra, foco e inteligência dentro e fora das pistas. Então, é nisso que você tem que focar. Eu costumo dizer que o tempo que você gasta reclamando das coisas é o mesmo tempo que você poderia utilizar para melhorá-las.

Conheça os pilotos da Honda Brasil

Motocross (Chefe de equipe: Cale Neto)

Da esquerda para a direita: Gustavo Pessoas, Lucas Dunka , Cale Neto, Jetro Salazar, Hector Assunção

MX1

Hector Assunção

Jetro Salazar

Com a nova Honda CRF 450R

MX2

Gustavo Pessoa

Lucas Dunka

Com a nova Honda CRF 250R

De olho nos horários

Para não ficar perdido, fique esperto com o horário da abertura do MXGP 2018, que será feita na Argentina (o fuso horário é o mesmo de Brasília).

Sábado

15h15: MX2 corrida classificatória
16h: MXGP corrida classificatória

Domingo

12h: MX2 bateria 1
13h: MXGP bateria 1
15h: MX2 bateria 2
16h: MXGP bateria 2

Transmissão na TV

A Bandsports transmitirá todas as etapas do MXGP 2018. A abertura passará em VT, às 20h de domingo, com narração de Celso Miranda e comentários de Mauro Faucon.

Próximos passos

Após a participação especial no MXGP, a equipe voltará sua atenção para a abertura do Campeonato Brasileiro de Motocross, que ocorre nos dias 24 e 25 de março, em Cornélio Procópio, no Paraná. No dia 14 de abril, o time também correrá em Barueri, São Paulo, pelo Arena Cross.

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Janne Saviano

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