Pese embora as dores que continua a sentir na sequência da queda sofrida na etapa de ontem do Rally Dakar, Mário Patrão, atual campeão Nacional de Rally Raid, conseguiu averbar hoje o quarto melhor tempo na exigente classe Original by Motul.
Com este resultado alcançado numa das etapas mais longas desta edição – já que aos 395km cronometrados juntou mais 435km de ligação – o piloto de Seia ascendeu ao sexto lugar da geral desta categoria destinada aos pilotos que têm de efetuar toda a assistência às máquinas por si só, não contanto por isso, com qualquer ajuda externa.
“A etapa de hoje tinha pistas bastante rápidas e muito variadas. Menos pedras que no dia anterior. O dia foi pautado por estradões e mais de 90 km de dunas. No total foram 800 km muito rápidos. Iniciamos sempre de noite, o que até amanhecer carrega perigos escondidos, que é preciso contornar. Senti-me confortável, apesar de ter a mão maltratada da queda de ontem, mas faz parte do Dakar, a superação da dor e do cansaço. É por isso que esta prova é considerada a prova mais dura. Tens que te levar a um limite que muitas vezes nem tu conheces. A moto ficou impecável e as ferramentas BAHCO foram imprescindíveis para solucionar os problemas em pouco tempo”, referiu à chegada ao bivouac.
Amanhã, os participantes vão disputar a nona etapa, uma jornada de 287 km cronometrados, em forma de loop, com início e fim em Wadi Ad-Dawasir. A jornada começará mais tarde do que o normal para manter em prova os pilotos que chegaram mais tarde no dia de hoje. A esta altura do rali, a resistência dos concorrentes e das suas máquinas serão um fator decisivo. A presença de montanhas, seguidas de trilhas que serpenteiam pelos desfiladeiros exigirá uma abordagem diferente. Apesar de haver menos areia, esta etapa ainda será difícil, até pela navegação.
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(Foto: A2 Comunicação)