Podemos usar diversos parâmetros para ranquear as melhores motos do mercado. O quesito inovação é um deles. Hoje decidimos apresentar motos que estão no Brasil há décadas, modelos que se mostraram quase eternos nas ruas do país.
E se engana quem pensa que vamos falar apenas da imortal Honda CG, à venda ininterruptamente desde quando a TV a cores era novidade no Brasil. A lista tem motos nacionais, importadas, esportivas, urbanas, custom, caras, acessíveis. Role a tela para baixo e se surpreenda.
Nosso ranking de motos longevas no país tem representantes de diferentes estilos e nichos. São motocicletas de várias épocas, sendo que nem todas seguem nas lojas, o que nos traz certa dose de saudosismo.
Motos vendidas por muito tempo | ||||
Modelo | Estilo | À venda de | Tempo no mercado | |
1 | Honda CG | Street | 1976 – atualmente | 45 anos |
2 | Kawasaki ZX-6 | Esportiva | 1991 – atualmente | 30 anos |
3 | Harley XL 883 | Custom | 1991 – 2020 | 29 anos |
4 | Honda Biz | Cub | 1998 – atualmente | 23 anos |
5 | Yamaha YBR | Street | 2000 – atualmente | 21 anos |
6 | Suzuki Bandit 1200 / 1250 | Naked | 1996 – 2015 | 19 anos |
7 | Honda Shadow | Custom | 1995 – 2014 | 19 anos |
8 | Yamaha DT | Trail | 1981 – 2000 | 19 anos |
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A CG foi a primeira moto fabricada pela Honda ao chegar no Brasil e logo se tornou um sucesso nas lojas. Sua receita agradou pela resistência, agilidade e silêncio, já que era opção às barulhentas 2 tempos. Na sequência se tornaria sinônimo de bom negócio, graças ao valor e facilidade de revenda.
E assim passaram os anos, as décadas, as gerações. A CG sobreviveu a tudo, todas as crises, aos altos e baixos da economia, os boom e as recessões do setor. Também viveu uma verdadeira revolução em tecnologia, afinal literalmente todos seus componentes evoluíram com o tempo.
Dos anos 1970 para cá teve diversas gerações, passando por motores de 125, 150 e 160 cilindradas. Foi a primeira moto do mundo movida a etanol, a primeira do globo bicombustível, a moto do 7 x 1. Dedique 2 minutos do seu tempo e veja 5 modelos da CG que marcaram época.
A família Ninja surgiu nos anos 1980 e no início da década seguinte concebeu o que se tornaria um de seus maiores sucessos, a intermediária ZX6. Se não era tão potente quanto as irmãs maiores de 1.000 (ou até mais) cilindradas, compensava pela leveza, agilidade e vigor. Ou seja, uma supersport.
A primeira geração era movida por um motor de 4 cilindros em linha, DOHC, que gerava 75 cv e mais de 5 kgf.m de torque. Em 1995 o modelo foi aprimorado e passou a se chamar ZX-6R, com direito a um significativo upgrade. O chassi era totalmente em alumínio e o motor foi revisto, passando a entregar 100 cv e 7 kgf.m de torque.
O modelo seguiu no mercado até 2013, passando por nova gerações. Ainda em 2005 surgiu a ZX-6R 636, com aumento de cilindrada e novo visual. Com o passar dos anos o modelo recebeu um banho de tecnologia e teve diferentes comportamentos, mais ásperos ou voltados à estrada. Atualmente, tem motor de 636 cm³, DOHC, que gera 127 cv e 5,3 kgf.m de torque. Tem preço sugerido de R$ 64.840.
A Harley 883 fez fama por democratizar o acesso à marca, afinal ela foi, por muito tempo, o modelo que exigia o menor montante para se ter uma Harley-Davidson em casa. Ao longo de quase 3 décadas a americana teve diversas versões no país, com diferenças técnicas e visuais entre si. Houve a Custom, a Hugger, a R, a Iron.
Aliás, a Iron foi a última que tivemos por aqui. O modelo saiu da cena no ano passado, quando a H-D optou por encerrar a montagem da linha Sportster no país, levando junto a XL 1200. E a ‘pequena’ 883 deixou saudades, pois quem levar uma HD precisa hoje precisa desembolsar R$ 99.550, preço de uma Low Rider S.
A Biz chegou ao mercado em 1998, substituindo a cub C100 Dream, que nunca havia feito grande sucesso por aqui. Mas com a Brazil’s Cub foi diferente. Em pouco mais de 20 anos, já foram 4 milhões de unidades produzidas.
O modelo logo agradou pelo visual arredondado (moderno na época) e funcional compartimento sob o banco, viável apenas graças a adoção da pequena roda de 14 polegadas atrás. Na frente, roda 17, para dar a impressão de ‘moto’ e não de ‘scooter’, mal vistos até então. O consumo era outro ponto forte, afinal a Biz 100 fazia mais de 40 km com um litro.
Tal qual a CG, a Biz evoluiu com o tempo. Em 2005 veio a segunda geração, com motor de 125cc, e em 2009 foi o primeiro modelo de baixa cilindrada da Honda a receber injeção eletrônica. Em 2011 ganhou motor flex e no ano seguinte recebeu uma irmã menor, a nova Biz 100, como opção de entrada. A quarta geração chegou em 2018, com novo visual, tomada USB, painel digital. Um avanço e tanto.
Historicamente, a Yamaha apostava em motos com motor de 2 tempos para lhe representar entre as pequenas street. Porém, em 2000 entraria em vigor a primeira geração do programa brasileiro de emissões Promot e daria fim aos motores poluentes e barulhentos. Ela precisava uma nova moto, tal qual a – já consagrada – rival Honda CG.
E foi assim que surgiu a YBR, em 2000. Seu visual era moderno, favorecido pelo bom nível de acabamento. O motor poderia ser mais vigoroso, mas estava dentro do padrão da categoria. Logo ela recebeu upgrades no visual e uma irmã de uso misto, a trail XTZ 125. Em 2009 veio a Factor 125, com belo visual inspirado na Fazer 250, numa resposta à CG 150.
A atual Factor 125i chegou apenas em 2017, trazendo um i no nome. Demorou, mas a Yamaha equipou sua street de entrada com injeção eletrônica. Um ano anos veio a Factor 150, dotada do mesmo motor da topo de linha da família, Fazer 150. A Fazer, porém, trocou o nome YBR pelo YS, numa tentativa de se aproximar da irmã de 250 cilindradas.
A linha Bandit está, seguramente, entre as melhores motos da Suzuki. Ela surgiu no final dos anos 1980, com a missão de substituir a linha GS, responsável pela popularização da marca em diferentes mercados, especialmente nos Estados Unidos. Porém, as primeiras Bandit eram menores, com motores de 250 e 400 cm³.
A Bandit 1200 apareceu no final dos anos 1990, como irmã maior da família. O visual com motor totalmente à mostra agradava, mas o diferencial ficava mesmo a cargo do motor. Elástico, o quatro cilindros em linha entregava 9,2 kgf.m de torque já aos 4.500 rpm, enquanto o pico de potência viria aos 8.500 rpm, com 101 cv. Sem falar no som, uma sinfonia.
Em 2007 a Suzuki lança a Bandit 1250, com visual renovado. Apesar de números quase idênticos, o conjunto mecânico foi aprimorado. Ela também teve uma versão semi-carenada, a 1250S, além da irmã GSX-1250F, de carenagem integral. No Brasil, a 1200 foi acompanhada da Bandit 600, enquanto a 1250 dividiu espaço nas lojas com a 650.
A Shadow é uma das mais tradicionais famílias de motos da Honda, produzindo modelos custom em determinados mercados até hoje. No Brasil, fomos agraciados com alguns de seus modelos há algum tempo, com destaque às Shadow 600 e 750.
Assim, a Shadow 600 chegou ao país em 1994 e logo construiu reputação de ser uma das melhores motos custom da época. Ao clássico estilo americao, era alimentado por motor de dois cilindros em V e arrefecimento a ar, com 583 cm³. No visual havia rodas raiadas, grande escapamento duplo e muitos cromados. A autonomia era um ponto contra, já que o pequeno tanque de 11 litros permitia rodar cerca de míseros 200 km.
Em 2005 quem assumiu o posto foi a Shadow 750. Entre as melhorias, adotava transmissão por cardã, chave de ignição HISS, freios a disco e, a partir de 2009, injeção eletrônica. O torque saltou de 5,1 kgf.m para 6,42 kgf.m, enquanto a potência foi de 39 cv para 46 cv. Se despediu do mercado em 2014, sem deixar substitutas. Naturalmente, hoje as Shadow são muito procuradas – e valorizadas – entre as usadas.
Fechamos a nossa lista de melhores motos atemporais com um clássico. Falar de motos longevas no Brasil e esquecer a Yamaha DT seria um crime, afinal sua história no país foi tão longa quanto valorosa.
A DT 180 surgiu em 1981 e logo se tornaria a reponsável por democratizar o off road no país. Era onipresente em todas as trilhas e eventos off road nos anos 1980 e 90, tal qual a Honda CRF 230F seria anos mais tarde. E chegou ao mercado com inovações, como suspensão monoamortecida na traseira e baixo peso, de 102 kg a seco.
Logo se tornou um fenômeno de vendas. Com o passar do tempo recebeu uma série de melhorias e um novo visual, com tanque ‘vulcão’. Em 88 passou a se chamar ‘Z’ e em 92 recebeu a companhia da irmã de 200 cilindradas. Mais potente e refinada, a versão maior seguiu nas concessionárias até 2000, quando o Promot deu fim à venda de motos 2T novas.
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