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Melhores motos do Brasil: 8 modelos (quase) eternos

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Podemos usar diversos parâmetros para ranquear as melhores motos do mercado. O quesito inovação é um deles. Hoje decidimos apresentar motos que estão no Brasil há décadas, modelos que se mostraram quase eternos nas ruas do país.

E se engana quem pensa que vamos falar apenas da imortal Honda CG, à venda ininterruptamente desde quando a TV a cores era novidade no Brasil. A lista tem motos nacionais, importadas, esportivas, urbanas, custom, caras, acessíveis. Role a tela para baixo e se surpreenda.

Quando elegemos as melhores motos pela sua longevidade, a CG é imbatível… mas não é a única. Veja outras motos que já colecionam décadas de vendas no Brasil

 

Melhores motos – 8 modelos quase eternos no Brasil

Nosso ranking de motos longevas no país tem representantes de diferentes estilos e nichos. São motocicletas de várias épocas, sendo que nem todas seguem nas lojas, o que nos traz certa dose de saudosismo.

Motos vendidas por muito tempo

Modelo Estilo À venda de Tempo no mercado
1 Honda CG Street 1976 – atualmente 45 anos
2 Kawasaki ZX-6 Esportiva 1991 – atualmente 30 anos
3 Harley XL 883 Custom 1991 – 2020 29 anos
4 Honda Biz Cub 1998 – atualmente 23 anos
5 Yamaha YBR Street 2000 – atualmente 21 anos
6 Suzuki Bandit 1200 / 1250 Naked 1996 – 2015 19 anos
7 Honda Shadow Custom 1995 – 2014 19 anos
8 Yamaha DT Trail 1981 – 2000 19 anos

Veja também:

 

1 – Melhores motos: a imortal Honda CG

A CG foi a primeira moto fabricada pela Honda ao chegar no Brasil e logo se tornou um sucesso nas lojas. Sua receita agradou pela resistência, agilidade e silêncio, já que era opção às barulhentas 2 tempos. Na sequência se tornaria sinônimo de bom negócio, graças ao valor e facilidade de revenda.

A CG 125 foi o primeiro modelo produzido pela Honda no Brasil, em 1976. E para emplacar o sucesso logo de cara seu garoto propagando não podia ser outro, se não o Pelé, entende? Vale lembrar que o Brasil tinha conquistado o tri na Copa poucos anos antes

E assim passaram os anos, as décadas, as gerações. A CG sobreviveu a tudo, todas as crises, aos altos e baixos da economia, os boom e as recessões do setor. Também viveu uma verdadeira revolução em tecnologia, afinal literalmente todos seus componentes evoluíram com o tempo.

Ao longo de 45 anos nas lojas, a CG teve várias gerações. E vários motores, também. Aqui a CG 150, um divisor de águas na história da street

Dos anos 1970 para cá teve diversas gerações, passando por motores de 125, 150 e 160 cilindradas. Foi a primeira moto do mundo movida a etanol, a primeira do globo bicombustível, a moto do 7 x 1. Dedique 2 minutos do seu tempo e veja 5 modelos da CG que marcaram época.

Atualmente a família segue dando orgulho à marca da asa dourada. A CG 160 é, de longe e com muita folga, a moto mais vendida do Brasil

 

2 – A bela Kawasaki ZX-6

A família Ninja surgiu nos anos 1980 e no início da década seguinte concebeu o que se tornaria um de seus maiores sucessos, a intermediária ZX6. Se não era tão potente quanto as irmãs maiores de 1.000 (ou até mais) cilindradas, compensava pela leveza, agilidade e vigor. Ou seja, uma supersport.

A Ninja ZX6 foi uma das primeiras Kawasaki a serem vistas pelas ruas do Brasil, logo no início dos anos 1990

A primeira geração era movida por um motor de 4 cilindros em linha, DOHC, que gerava 75 cv e mais de 5 kgf.m de torque. Em 1995 o modelo foi aprimorado e passou a se chamar ZX-6R, com direito a um significativo upgrade. O chassi era totalmente em alumínio e o motor foi revisto, passando a entregar 100 cv e 7 kgf.m de torque.

Em 1995 surgiu a ZX-6R, com uma série de melhorias e um visual que logo se tornaria icônico

O modelo seguiu no mercado até 2013, passando por nova gerações. Ainda em 2005 surgiu a ZX-6R 636, com aumento de cilindrada e novo visual. Com o passar dos anos o modelo recebeu um banho de tecnologia e teve diferentes comportamentos, mais ásperos ou voltados à estrada. Atualmente, tem motor de 636 cm³, DOHC, que gera 127 cv e 5,3 kgf.m de torque. Tem preço sugerido de R$ 64.840.

Esta é a atual Kawasaki ZX-6R 636. No Brasil, supersport custa pouco mais de R$ 64 mil

 

3 – Harley XL 883: três décadas no Brasil

A Harley 883 fez fama por democratizar o acesso à marca, afinal ela foi, por muito tempo, o modelo que exigia o menor montante para se ter uma Harley-Davidson em casa. Ao longo de quase 3 décadas a americana teve diversas versões no país, com diferenças técnicas e visuais entre si. Houve a Custom, a Hugger, a R, a Iron.

A 883 marcou a história da Harley no país por ser, ao longo de décadas, a moto mais acessível da marca no Brasil

Aliás, a Iron foi a última que tivemos por aqui. O modelo saiu da cena no ano passado, quando a H-D optou por encerrar a montagem da linha Sportster no país, levando junto a XL 1200. E a ‘pequena’ 883 deixou saudades, pois quem levar uma HD precisa hoje precisa desembolsar R$ 99.550, preço de uma Low Rider S.

 

4 – Honda Biz entre as melhores motos do país

A Biz chegou ao mercado em 1998, substituindo a cub C100 Dream, que nunca havia feito grande sucesso por aqui. Mas com a Brazil’s Cub foi diferente. Em pouco mais de 20 anos, já foram 4 milhões de unidades produzidas.

A Biz foi desenvolvida especialmente ao mercado brasileiro e por isso leva o país no nome. Brazil’s Cub

O modelo logo agradou pelo visual arredondado (moderno na época) e funcional compartimento sob o banco, viável apenas graças a adoção da pequena roda de 14 polegadas atrás. Na frente, roda 17, para dar a impressão de ‘moto’ e não de ‘scooter’, mal vistos até então. O consumo era outro ponto forte, afinal a Biz 100 fazia mais de 40 km com um litro.

Segunda geração da Biz veio em 2005, com motor de 125 cilindradas

Tal qual a CG, a Biz evoluiu com o tempo. Em 2005 veio a segunda geração, com motor de 125cc, e em 2009 foi o primeiro modelo de baixa cilindrada da Honda a receber injeção eletrônica. Em 2011 ganhou motor flex e no ano seguinte recebeu uma irmã menor, a nova Biz 100, como opção de entrada. A quarta geração chegou em 2018, com novo visual, tomada USB, painel digital. Um avanço e tanto.

Aqui, uma Biz 125 2022. Família já percorre o Brasil há 23 anos

 

5 – YBR, uma Yamaha há mais de 20 anos no mercado

Historicamente, a Yamaha apostava em motos com motor de 2 tempos para lhe representar entre as pequenas street. Porém, em 2000 entraria em vigor a primeira geração do programa brasileiro de emissões Promot e daria fim aos motores poluentes e barulhentos. Ela precisava uma nova moto, tal qual a – já consagrada – rival Honda CG.

A primeira geração da YBR surgiu para substituir a RD 135, que teve sua aposentadoria forçada pelo programa brasileiro contra emissões

E foi assim que surgiu a YBR, em 2000. Seu visual era moderno, favorecido pelo bom nível de acabamento. O motor poderia ser mais vigoroso, mas estava dentro do padrão da categoria. Logo ela recebeu upgrades no visual e uma irmã de uso misto, a trail XTZ 125. Em 2009 veio a Factor 125, com belo visual inspirado na Fazer 250, numa resposta à CG 150.

Factor 125 chegou em 2007, como uma resposta ao sucesso da CG 150. Apesar do visual superior, desempenho do motor ainda ficava aquém da principal concorrente

A atual Factor 125i chegou apenas em 2017, trazendo um i no nome. Demorou, mas a Yamaha equipou sua street de entrada com injeção eletrônica. Um ano anos veio a Factor 150, dotada do mesmo motor da topo de linha da família, Fazer 150. A Fazer, porém, trocou o nome YBR pelo YS, numa tentativa de se aproximar da irmã de 250 cilindradas.

Eis a YBR Factor 125i de última geração. Você está olhando para o resultado de 21 anos de evolução

 

6 – Suzuki Bandit 1200 e 1250

A linha Bandit está, seguramente, entre as melhores motos da Suzuki. Ela surgiu no final dos anos 1980, com a missão de substituir a linha GS, responsável pela popularização da marca em diferentes mercados, especialmente nos Estados Unidos. Porém, as primeiras Bandit eram menores, com motores de 250 e 400 cm³.

O motor ‘escapando’ do chassi era um charme a mais da bela Bandit 1200. E o ronco? Ah, que ronco…

A Bandit 1200 apareceu no final dos anos 1990, como irmã maior da família. O visual com motor totalmente à mostra agradava, mas o diferencial ficava mesmo a cargo do motor. Elástico, o quatro cilindros em linha entregava 9,2 kgf.m de torque já aos 4.500 rpm, enquanto o pico de potência viria aos 8.500 rpm, com 101 cv. Sem falar no som, uma sinfonia.

Bandit 1250 trouxe uma série de pequenos avanços à naked, tanto no visual quanto mecânica

Em 2007 a Suzuki lança a Bandit 1250, com visual renovado. Apesar de números quase idênticos, o conjunto mecânico foi aprimorado. Ela também teve uma versão semi-carenada, a 1250S, além da irmã GSX-1250F, de carenagem integral. No Brasil, a 1200 foi acompanhada da Bandit 600, enquanto a 1250 dividiu espaço nas lojas com a 650.

A Bandit 1250S era a versão semi-carenada. Quem quisesse mais proteção aerodinâmica (e esportividade), podia optar pela GSX-1250F

 

7 – O legado das Honda Shadow

A Shadow é uma das mais tradicionais famílias de motos da Honda, produzindo modelos custom em determinados mercados até hoje. No Brasil, fomos agraciados com alguns de seus modelos há algum tempo, com destaque às Shadow 600 e 750.

A Shadow 600 foi um sucesso estrondoso no Brasil e acabou ganhando a reputação de ser uma das melhores motos custom do país

Assim, a Shadow 600 chegou ao país em 1994 e logo construiu reputação de ser uma das melhores motos custom da época. Ao clássico estilo americao, era alimentado por motor de dois cilindros em V e arrefecimento a ar, com 583 cm³. No visual havia rodas raiadas, grande escapamento duplo e muitos cromados. A autonomia era um ponto contra, já que o pequeno tanque de 11 litros permitia rodar cerca de míseros 200 km.

A Shadow 750 tinha especificações superiores, mas visual não agradou tanto o brasileiro quanto a irmã mais velha… todavia, seria aposentada já em 2014

Em 2005 quem assumiu o posto foi a Shadow 750. Entre as melhorias, adotava transmissão por cardã, chave de ignição HISS, freios a disco e, a partir de 2009, injeção eletrônica. O torque saltou de 5,1 kgf.m para 6,42 kgf.m, enquanto a potência foi de 39 cv para 46 cv. Se despediu do mercado em 2014, sem deixar substitutas. Naturalmente, hoje as Shadow são muito procuradas – e valorizadas – entre as usadas.

 

8 – Motos eternas: a clássica Yamaha DT

Fechamos a nossa lista de melhores motos atemporais com um clássico. Falar de motos longevas no Brasil e esquecer a Yamaha DT seria um crime, afinal sua história no país foi tão longa quanto valorosa.

Folheto da campanha de lançamento da Yamaha DT 180 em 1981, um ícone da marca e que abriu o caminho para o off-road no Brasil

A DT 180 surgiu em 1981 e logo se tornaria a reponsável por democratizar o off road no país. Era onipresente em todas as trilhas e eventos off road nos anos 1980 e 90, tal qual a Honda CRF 230F seria anos mais tarde. E chegou ao mercado com inovações, como suspensão monoamortecida na traseira e baixo peso, de 102 kg a seco.

Segunda geração trouxe visual renovado e aprimoramentos técnicos. Mas manteve o tradicional perfume de 2T na roupa dos pilotos

 

Logo se tornou um fenômeno de vendas. Com o passar do tempo recebeu uma série de melhorias e um novo visual, com tanque ‘vulcão’. Em 88 passou a se chamar ‘Z’ e em 92 recebeu a companhia da irmã de 200 cilindradas. Mais potente e refinada, a versão maior seguiu nas concessionárias até 2000, quando o Promot deu fim à venda de motos 2T novas.

A DT 200 escreveu as últimas palavras da família no Brasil. Modelo foi aposentado junto da RD 135 em 2000, quando o Promot entrou em vigor



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