As Suzuki Lucky Strike mexem com a nossa cabeça. E é fácil entender o porquê, basta ver as lindas motos esportivas que aceleravam na categoria principal do Mundial de Motovelocidade (hoje, MotoGP) nos anos 1990. Aliás, a parceria entre o fabricante de cigarros e a montadora japonesa rendeu até um título, em 1993, com Kevin Schwantz.
Então por que não personalizar uma Suzuki 900 com este tema? Ainda mais se tratando de uma moto justamente daquela época e da mesma fabricante. Foi o que passou na mente do customizador Adriano Montoro, de São Paulo, ao ver a RF 900 parada em sua oficina. E o resultado deste projeto você vê abaixo.
A Suzuki 900 em questão pertence a um amigo das antigas, que tinha o sonho de restaurá-la. Mas a ideia ainda estava meio abstrata, ele não sabia exatamente o que fazer, quanto gastar, qual linha seguir. Apenas tinha a certeza de que não queria abrir mão da proposta esportiva da RF 900.
Inicialmente, o trabalho seria mais focado apenas na pintura. Talvez até com formas retangulares, tradicionais da Yamaha, mas parecia não casar com o projeto. A escolha pela identidade Lucky Strike veio em um insight, afinal o motociclista já tinha um capacete personalizado com a pintura e estamos falando de uma Suzuki.
Mas apenas pintar não seria suficiente. A Suzuki RF 900 tinha visual típico dos anos 1990, com linhas modernistas, traseira volumosa, tanque grande. A primeira alternativa era criar uma nova rabeta, muito mais fina, mas que ficaria desproporcional ao tanque volumoso. Foi então que decidiram começar praticamente do zero.
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O projeto de personalização passou, obrigatoriamente, pela construção de uma nova carenagem. Elaborada totalmente em fibra, ela tem linhas modernas e é consideravelmente mais estreita que a original. Também perdeu saídas de ar e deixou uma área maior do chassi à mostra. Tudo para aproximar o design da veterana RF ao das esportivas atuais.
Toda a traseira seguiu o mesmo padrão. Criada especialmente ao projeto, ela é mais fina e ascendente que a original, deixando até alguns centímetros do subchassi descobertos. Para combinar, novo assento e suporte de placa.
Mas não pense que é fácil fazer uma esportiva viajar no tempo. “O trabalho tava num ritmo bem lento, passando por várias discussões – no bom sentido. Então num dia eu desmontei e pintei tudo, inclusive com tinta eletroestática. Outras peças receberam hidropintura em fibra de carbono. Todos os parafusos foram galvanizados e assim a moto ganhou um ar de ‘esportiva nova’. Ao vivo, parecia que ela tinha acabado de sair da fábrica”, comenta Adriano, responsável pela Sam7Garage.
Já na mecânica as mudanças foram bem menos drásticas. Apesar do pouco uso nos últimos anos, a Suzuki 900 estava em bom estado de conservação, com conjunto íntegro, sem sequelas de quedas ou alterações na motocicleta original. O trabalho consistiu basicamente na equalização dos carburadores e seu ajuste ao novo sistema de escapamento – muito menor e mais leve que o original.
Ao todo, a moto ficou cerca de 1 ano e meio na oficina. Não que tenha exigido 18 meses de trabalho árduo, mas acabava ficando longos períodos parada, aguardando por decisões da dupla responsável. O valor investido acabou amortizado pela amizade duradoura entre os dois, mas personalizar uma moto como esta Suzuki 900 custa cerca de R$ 10 mil, segundo o customizador.
E se o resultado final foi aprovado? Teve até choro. “Cara, a entrega foi emocionante – até pela demora, mas especialmente pelo produto final. Os dois acabaram chorando, foi uma sensação maravilhosa. Acredito que chegamos ao final com reconhecimento total ao trabalho executado”, disse Adriano.
A Suzuki RF 900 é baseada na grande GSX-R1100 dos anos 1990, mas fruto de um projeto mais voltado ao uso nas ruas. Por isso suas dimensões foram reduzidas. O motor de quatro cilindros em linha, DOHC, 16 válvulas e 937 cm³, gera potência máxima de 135 cv a 10.000 rpm, enquanto o pico de torque é de 10,4 kgf.m a 9.000 rpm.
Lançada no início da década e mantida no mercado até 1999, a RF 900 tem bons números de desempenho para a época. Pesando apenas 203 kg a seco e equipada com câmbio de cinco velocidades, tinha top speed próximo dos 265 km/h reais – cerca de 280 km/h no painel analógico.
Assim como a irmã menor RF 600, a 900 desembarcou no Brasil em 1993, permanecendo nas lojas até seu último ano em produção. Atualmente, segundo a tabela Fipe, uma RF 900 custa de R$ 10.878 a R$ 16.388, variando entre todos os anos à venda. Vale lembrar que este é apenas um preço médio, podendo variar muito de acordo com o estado de conservação da unidade avaliada.
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