A Honda CB 400 é considerada a primeira motocicleta de grande porte produzida no Brasil. O modelo tinha um potente motor para a sua época, torque elevado, e dispensava trocas constantes de marcha. Mas o seu grande trunfo era o design, com destaque aos cromados, que se tornou um ícone da década de 1980. Relembre a história da ‘primeira moto grande’ de muitos brasileiros.
Para entendermos a história da Honda CB 400, precisamos voltar à cena do motociclismo nos anos 1970. Era uma época bem diferente, onde as motos eram muito mais voltadas para o lazer. Utilizá-las para trabalho ou mesmo deslocamentos diários fugia do comum.
Tempo em que a proibição das importações de motos e automóveis para o Brasil, assinada pelo Presidente General Ernesto Geisel, alavancou os preços dos modelos de grande porte. Não surpresa, anos mais tarde, o país tinha a Honda CB 750 Four mais cara do mundo.
O que sobrou para os motociclistas então? Uma moto usada ou opções como a pequena CG 125, que começou a ser fabricada pela Honda em Manaus. Foi somente no final de 1979 que a primeira motocicleta nacional “de alta cilindrada” seria anunciada, a Honda CB 400.
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Segundo a Honda, com a chegada do modelo, as concessionárias se surpreenderam com filas na porta. Foram criadas listas de prioridade, e os consumidores também logo se depararam com um sobrepreço, o tal do ágio. Todos queriam a novidade.
Também pudera, era uma moto com o inédito motor bicilíndrico de 395 cm³, comando no cabeçote, três válvulas por cilindro, e potência máxima de 40 cv a 9.500 rpm e torque máximo de 3,2 Kgf.m aos 8.000 giros. Acoplado ao câmbio de 6 velocidades, a moto atingia incríveis 170 km/h de velocidade real, passando dos 180 km/h no painel. Dava trabalho para o disco único na dianteira e tambor na traseira!
O que dizer do design então? Moderno ao extremo para a época. A nova Honda tinha as inovadoras rodas Comstar, miolo de aço estampado, aro de alumínio. O assento era amplo e luxuoso, e o tanque tinha linhas fluidas e imponentes. Não faltavam também cromados, estavam no para-lama, motor, espelhos e escape.
Em 1982, a CB ganhou a versão mais luxuosa, a CB 400 II, com dois discos de freio na roda dianteira, guidão mais alto e novas cores. No ano seguinte, a Honda optou por um upgrade de potência, nascia então a CB 450, em 1983. Com isso, em 1984 a velha CB deixou de ter as rodas Comstar e perdeu os cromados, era a chamada Tucunaré.
Entre 1980 e 1984, foram produzidas 67.550 unidades da Honda CB 400. Já cansada, ela deixava a CB 450 com a árdua tarefa de brigar no mercado com rivais como a Yamaha RD 350. Mas aí já é outra história…
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