O mundo inteiro está a cada dia mais interessado em motos elétricas e o Brasil não foge desta tendência. Uma amostra disso são os crescentes números da Voltz nos primeiros meses de 2022 – com destaque para fevereiro, quando deixou para trás marcas como Triumph e Haojue no número total de emplacamentos.
Se em janeiro a principal marca (nacional, aliás) de motocicletas elétricas do país estava na 10ª posição no ranking geral de vendas, no mês seguinte ela saltou ao 7º lugar. Isso porque suas unidades totais emplacadas foram de 321 para 465 entre os dois meses. No caminho, ultrapassou marcas tradicionais de modelos à combustão, como premium Triumph e a popular Haojue.
Voltz e as motos elétricas em 2022
Os números desta reportagem são da Fenabrave, entidade que monitora a venda de veículos no país. Eles mostram o crescimento das motos elétricas da Voltz no mercado nacional. Se em 2021 ela emplacou 967 motos, apenas nos dois primeiros meses de 2022 já registra 843 novas motocicletas nas ruas.
Caso mantenha este ritmo, a marca com sede em Recife (PE) chegará ao final do calendário com mais de 5 mil unidades comercializadas. Mas ainda é cedo para previsões. Um fator importante que pode influenciar nestes números são suas interessantes parcerias comerciais, como a firmada com o iFood, que facilita a compra de motos para entregadores.
Motos da Voltz no Brasil
Com apenas 5 anos de marcado, o lineup da Voltz ainda é modesto. Neste momento, ela oferece apenas três modelos de motos elétricas à venda: o scooter EV1 Sport, a motocicleta EVS e sua variação para entregas, a EVS Work.
A EV1 Sport é a mais acessível, com preço sugerido de R$ 14.990. Tem motor de 3.000w (com pico de potência em 4.500w), rodas aro 12 e pesa 120 kg. Sua bateria é de 38.4ah / 60v, com vida útil de 3 mil ciclos, 5h para carga completa e autonomia para rodar até 100 km. A velocidade máxima é de 75 km/h. Também há opção pelo modelo idêntico, mas com duas baterias – que eleva a autonomia para 180 km.
Já a EVS entrega mais desempenho. Seu motor de 3.000w tem pico de potência em 7.000w, capaz de acelerar até os 120 km/h. Suas rodas são aro 17 e a moto pesa 132 kg. A bateria é 33.6ah/ 72v, com autonomia de até 120 km. Além disso, tem mais tecnologia, como no painel TFT e sistema de conectividade. Com uma bateria custa R$ 19.990, e com duas sai por R$ 24.490.
Por fim, há a EVS Work. Pensada exclusivamente aos entregadores e frotas, ela oferece maior autonomia (240 km frente aos 180 km da EVS tradicional, com duas baterias), tem protetor na carenagem e bagageiro traseiro. Porém, a velocidade máxima é limitada a 85 km/h, enquanto a EVS vai até 120 km/h. Seu preço sugerido é de R$ 16.490.
Veja também:
Motos elétricas: CNH e IPVA
Para finalizar esta reportagem sobre o crescimento das motos elétricas no Brasil, vamos lembrar duas informações sempre relevantes sobre o assunto. Afinal, precisa carta para pilotar uma Voltz? E moto elétrica paga IPVA?
A resposta da primeira pergunta é sim. As motos elétricas se encaixam exatamente nas mesmas regras dos modelos à combustão, então exigem habilitação dos condutores (CNH categoria A) e precisam ser emplacadas. Porém, na hora de pagar impostos há diferenças.
Isso porque alguns estados isentam as motos elétricas do pagamento de IPVA para incentivar o uso desses veículos não poluentes. Já outros têm reduções nas alíquotas. Entre os que não cobram estão CE, MA, PR, PE, PI, RN, RS e SE. Já RJ e SP são alguns que oferecem descontos.