Que as motos estão custando mais em 2021 do que no ano passado, nós sabemos bem. Mas quanto nós motociclistas estamos desembolsando a mais para rodar com a tão sonhada – ou necessária – motocicleta zero?
Para responder esta pergunta comparamos os preços de mercado das motos mais vendidas em cada categoria no mesmo período dos dois calendários. Assim, tomamos como base os valores aferidos pela Tabela Fipe nas concessionárias em novembro de 2020 e novembro de 2021.
A variação média ficou em exatos 16,71%. Por curiosidade, é praticamente o reajuste que teve na Honda CG 160 Fan, que viu seu preço subir 16,72% no último ano. As Honda PCX, Bros e XRE ficam bem próximas desta média, enquanto nomes como MT 03, XMax e Honda Biz 125 vem logo atrás.
A vilã deste comparativo é a pequena Phoenix 50. Afinal, o preço desta Shineray cinquentinha saltou 42,59% em 12 meses, mesmo tendo um reajuste de ‘apenas’ R$ 2.001. Muito mais cara, a BMW R 1250 GS subiu apenas 11,2%, mas porcentual que significa um reajuste de R$ 10 mil.
Motos mais vendidas: preços atualizados | ||||
Modelo | Segmento | Preço nov/2020 | Preço nov/2021 | Variação |
Honda CG 160 (Fan) | Street | R$ 12.412 | R$ 14.488 | 16,72% |
Honda Bros | Trail | R$ 15.299 | R$ 17.628 | 15,22% |
Honda Biz (125) | Motoneta | R$ 12.591 | R$ 14.027 | 11,40% |
Honda PCX | Scooter | R$ 15.433 | R$ 18.245 | 18,22% |
Shineray Phoenix 50 | Ciclomotor | R$ 4.699 | R$ 6.700 | 42,59% |
Honda CB Twister | Street 250 | R$ 17.642 | R$ 20.362 | 15,42% |
Honda XRE 300 | Street 250/300 | R$ 22.055 | R$ 25.654 | 16,32% |
Yamaha MT 03 | Naked | R$ 25.732 | R$ 29.311 | 13,91% |
Yamaha XMax | Scooter médio | R$ 25.003 | R$ 28.360 | 13,42% |
Yamaha R3 | Sport | R$ 27.684 | R$ 30.267 | 9,33% |
BMW R 1250 GS (Premium HP) | Big trail | R$ 93.020 | R$ 103.500 | 11,27% |
Média: | 16,71% |
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Esta é uma pergunta complexa. Atualmente, os preços das motos estão subindo num ritmo bem superior à média da inflação brasileira, aferida pelo IPCA. Segundo o Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo, a inflação nos últimos 12 meses foi de ‘apenas’ 10,34%, ante os 16,71% das motos mais vendidas.
E o setor ainda sofre com a pandemia. Paralisações e reduções de trabalho nas fábricas estão entre eles, a dificuldade de importar componentes do exterior, também. Além disso, temos uma crise de magnésio chegando – o material é usado em ligas de alumínio. Ou seja, os preços devem seguir salgados, assim como as entregas de motos 0km devem continuar exigindo meses de paciência.
Assim, é cada vez mais comum recebermos perguntas sobre qual a moto mais barata do Brasil, ou quais motos ainda é possível comprar com até 10 mil reais. Também há quem desista das novas e migre para as usadas, procurando por bons modelos. São tempos difíceis.
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