Jeffrey Herlings venceu uma das melhores temporadas de sempre na história do campeonato do mundo de Motocross… mas não sem alguma “polémica”!
O motivo dessa “polémica” foi o “jogo de equipa” entre os pilotos da Red Bull KTM nas últimas três rondas da temporada e que ajudou o n.º 84 a sagrar-se campeão com uma vantagem de 5 pontos sobre Romain Febvre. Mas analisemos os factos…
3 pontos foi o que o holandês ganhou “diretamente” dos seus colegas de equipa. Tudo aconteceu no Grande Prémio de Garda, antepenúltima etapa do campeonato.
O piloto da KTM sofreu duas aparatosas quedas na segunda manga e desceu ao 10.º posto. O “Bullet” recompôs-se, recuperou até à 6.ª posição e, a duas voltas do fim, tinha Jorge Prado e Antonio Cairoli à sua frente.
Os dois companheiros de marca facilitaram a ultrapassagem e permitiram a JH cortar a meta no 4.º lugar, conseguindo assim mais 3 pontos no campeonato.
“Indiretamente” podemos considerar que Herlings poderá ter ganho outros 3 pontos na penúltima manga do ano. Jorge Prado arrancou na frente e “empatou” bastante Romain Febvre até que o holandês se chegou aos dois. Assim que o “Bullet” passou o francês, Prado fez questão de facilitar de novo a ultrapassagem a JH.
Por que motivo consideramos que está “jogada” pode ter valido três pontos? Simplesmente porque sabe-se lá o que teria acontecido se Jorge Prado tivesse “deixado” Febvre e Herlings lutarem sozinhos pela vitória nessa manga!
Potencialmente 75 pontos, ou seja, três mangas: a segunda do GP da Holanda e as duas do GP do Grande Prémio da República Checa.
Recordando a história: na primeira manga em Oss, Ivo Monticelli aterrou literalmente em cima de Herlings num salto a seguir ao arranque. O n.º 84 não chegou a cair, continuou ao ataque e venceu mesmo a corrida… mas logo a seguir foi ao gabinete médico e descobriu que tinha a omoplata partida!
Forçado a falhar o Grande Prémio da República Checa, o holandês chegou a Lommel com 51 pontos de atraso para o líder do campeonato, Tim Gajser.
Potencialmente 25 pontos.
No arranque do Grande Prémio de Pietramurata, JH caiu e a sua moto ficou de tal forma danificada que teve de abandonar… isto numa altura em que o “Bullet” tinha 24 pontos de vantagem no campeonato.
Em resposta aos críticos que apontam a sorte como o factor que levou Jeffrey Herlings ao seu 5.º título mundial, o jovem respondeu com um post nas redes sociais bem elucidativo…
O n.º 84 foi o que mais Grandes Prémios venceu (9)… foi o que mais mangas venceu (15)… foi o que mais voltas liderou (157)… foi o que mais pódios celebrou (14)!
Tudo isto, mesmo sem pontuar em 4 mangas!!!
Claro que merecia! Romain Febvre fez uma grande temporada, foi muito consistente e voltou a liderar o Mundial de MXGP, algo que não lhe acontecia desde 2016!
Aliás, o piloto da Kawasaki encontrou uma “nova vida” e fez recordar por que motivos foi campeão em 2015 no seu ano de estreia no MXGP!
Os campeonatos não se ganham com “ses” e está provado que tanto Herlings como Febvre seriam justos campeões.
Mas serviu este artigo para mostrar que, se o piloto da KTM beneficiou da ajuda dos seus colegas de marca, por outro lado, foi vítima de vários azares que “ajudam a explicar” os 5 pontos que o separaram de Febvre no final do campeonato.
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