O mercado de scooters vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil. Neste nicho, as fabricantes se revezam com lançamentos e propostas buscando abraçar o maior número de consumidores possível. E por isso fomos conferir como uma delas, a Dafra Cruisym 150, se sairia num teste completo. Para a avaliação, mais uma vez contei com a parceria do Ricardo (Rock) Kadota!
A Cruisym 150 é um modelo fruto da parceria entre a empresa brasileira e a taiwanesa SYM. Por aqui, o scooter chegou para suprir a retirada do Cityclass das lojas após sair de linha.
Primeiro, a posição de pilotagem. O guidão está muito bem posicionado e o painel, bastante visível. Apesar de suas pequenas dimensões, o piloto fica bem posicionado sobre o acento.
A Cruisym é bonita, tem faróis duplos na dianteira com luzes de posição e lanternas em LED e um bloco óptico que ilumina bem à noite, tanto no modo baixo como alto. Como de praxe nas scooter, essa Dafra tem um bom espaço embaixo do banco, que acomoda um capacete integral e mais pequenos objetos. O painel digital é completo e vemos ainda o carregador USB.
Pilotar a Cruisym 150 é fácil. Basta acelerar e sair andando, ela aparenta queimar um pouco de embreagem na saída. Mas calma, as trocas de marcha são suaves graças ao câmbio automático CVT.
O conjunto é movido pelo motor monocilíndrico, arrefecido a líquido, de 149,6 cm³. A potência máxima de 12.5 cv a 8.000 rpm com e o torque de 1.2 kgf aos 6.000 giros parecem tímidos, pois a Cruisym remete a modelos de maior cilindrada.
Além disso, é ágil, porém necessita de cuidados no momento de inclinar nas curvas. A scooter raspa com muita facilidade no chão, assustando os mais desavisados, fruto da altura do solo baixa. Fique atento às lombadas, em algumas ela pega embaixo mesmo. Mas por ela ser baixa (1.116 mm) e estreita (730 mm) se dá bem em corredores apertados.
O modelo comete o deslize de não ter ABS, coisa que as principais rivais Honda PCX e Yamaha NMax têm! A frenagem fica por conta dos freios combinados (CBS), em que se acionado somente o freio traseiro, uma parte da força também é aplicada no dianteiro.
Em asfalto esburacado as rodas de 14” (calçadas pelos Pirelli Diablo Scooter) pedem atenção e cuidado, mas isso é uma característica da maior parte dos scooter. A suspensão também é um pouco dura, com o garfo de curso de 100 mm e conjunto articulado na traseira, com curso de 75 mm e regulagem de pré carga.
Mas a Cruisym 150 é leve, com 130,3 kg de peso seco, sendo fácil de manobrar em baixas velocidades. Em rodovias, local que o modelo sai da sua zona de conforto, sente-se a falta de fôlego do motor. Porém sua estabilidade mesmo com o baixo peso surpreende. A altura do banco com relação ao solo é de 771 mm, o que a deixa acessível para qualquer público.
Rodamos mais de 400 km com a Dafra Cruisym 150. Sua velocidade de cruzeiro fica na casa dos 90 km/h, enquanto a velocidade máxima foi de 109 km/h – sem pressa e com espaço!
Já o consumo na cidade ficou entre 33 e 34 km/l. Enquanto isso, na estrada o scooter fez 29 km/l. Com isso, algo que poderia melhorar é sua autonomia, pois o tanque com capacidade 6 litros, obrigando reabastecimentos constantes.
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O scooter da Dafra tem preço convidativo no mercado nacional, com valor sugerido e também de Tabela Fipe de R$ 15.490. Uma diferença a se considerar frente a Yamaha NMax e Honda PCX com faixas sugeridas de mais de R$ 16 mil e que chegam na Tabela por mais de R$ 17 mil e R$ 18 mil, respectivamente. Se você procura um veículo para curtos deslocamentos no dia a dia, essa pode ser uma opção.
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