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Teste Honda CB 500F: como anda e qual o consumo da naked

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Visual agressivo, ângulos atraentes e um ar com inspiração nas streetfighter. Essa é a Honda CB 500F, um modelo que promete o conforto para o trânsito diário e a diversão com potencia entre as motos de baixa e média cilindrada. Fomos conferir se essa CB entrega tudo isso em um teste completo. Para a avaliação, mais uma vez teve a parceria do Ricardo (Rock) Kadota!

Honda CB 500F

A nova família CB 500 da Honda chegou ao mercado ainda em 2013. Disponíveis na versão naked CB 500F, trail CB 500X e na extinta CBR 500R, os modelos logo caíram no gosto dos motociclistas que procuram uma moto que alie desempenho, economia e confiabilidade. Em 2020 a linha ganhou novidades, como a adoção de embreagem deslizante e assistida e renovação no visual.

As CB 500F e 500X ganharam novo visual em 2020, mas preservaram as receitas que lhe trouxeram até aqui. A naked é uma moto ágil e econômica na cidade, com esportividade na estrada. Dá até para encarar algumas viagens sem cansar

O design da CB 500F se destaca pelas entradas de ar e rabeta redesenhada. Farol piscas e lanterna são em LED. O painel blackout em LCD oferece informações como consumo do momento e do período e marcador de marcha, que aliás são 6. Tem até botão de pisca alerta, que – apesar de projetos de lei – ainda não é obrigatório.

Movendo tudo isso está o motor de dois cilindros paralelos, com comando de válvulas duplo no cabeçote (DOHC), com 471 cm³ e arrefecido a líquido. O propulsor recebe apenas gasolina e tem potência máxima de 50,4 cv a 8.500 rpm e torque máximo de 4,55 kgf.m aos 6.500 giros. Números que prometem andar sobrando na cidade e com bom desempenho na estrada. Vamos conferir!

O motor de 2 cilindros, 471 cm³, 50 cv e pouco mais de 4 kgf.m de torque é marca registrada do modelo. E um de seus pontos altos, também. É suave, progressivo, econômico e com ronco grave

Como é andar com a CB 500F

Ao subir na moto logo percebemos sua esportividade, apesar de ser uma modelo mais focado ‘no toque’. A naked tem as pedaleiras recuadas e oferece uma posição de pilotagem do tronco mais inclinada à frente, em sentido de ataque. O que facilita em manobras de baixa velocidade e curvas mais fechadas.

Com proposta voltada à versatilidade, a 500F também manda bem na cidade. Suspensões dão conta da buraqueira e ciclística garante agilidade para andar entre os carros

Na cidade: a CB 500F se comporta bem, é esguia e leve, passa com muita facilidade entre os corredores apertados. Suas suspensões aguentam bem o sobe e desce do asfalto da cidade. Na dianteira ela tem garfo telescópico com curso de 120 mm e na traseira o monoshock pro-link com curso de 119 mm – ambas suspensões com ajuste na pré-carga da mola.

Sofremos somente quando chegamos numa buraqueira no asfalto, mas a suspensão é bem firme e seu banco também. Em velocidades médias, onde o limite das ruas chega a ser 50 km/h, ela freia muito com mérito com seu conjunto que conta com ABS.

Nas estradas a 500F é pura diversão. Conjunto bem acertado de ciclística e motor passam esportividade e segurança. Embreagem, assistida e deslizante, também ajuda

Na estrada: a moto convida a acelerar. Seus pneus largos (120/70 na dianteira e 160/60 na traseira) dão uma boa aderência nas rodas de 17 polegadas durante as curvas. Além disso, o modelo não deixa a desejar nas retas. Só a frenagem que requer um pouco de atenção, pois os discos (simples nas duas rodas) levam um pouco mais de tempo para parar após os 70km/h.

A posição das pedaleiras e a altura do guidão de formato cônico nos permitiu assumir um ar mais esportivo, baixando um pouco mais o tronco e acelerando. O motor tem boas retomadas, com muita força e sem falhas. Em alguns casos nem foi preciso reduzir a marcha, foi só “enrolar o cabo” que a moto respondeu e aumentou sua velocidade, de forma rápida e linear.

Painel oferece uma diversidade de informações, mas cairia bem um carregador USB

Ergonomia e ciclística

O banco em dois níveis acolchoado é firme, o desconforto só foi sentido depois de 3 horas de estrada. Mesmo para o garupa, a experiência foi satisfatória, não houve batida de capacetes, mesmo nas frenagens mais bruscas.

A CB 500FF tem boa distribuição de peso (tendo 176 kg sem fluidos e combustível) junto do centro de gravidade baixo, facilitando nas manobras. A motos vibra um pouco nas mãos e quase nada nos pés. Podemos dizer, com certeza, que a ciclística – com entre eixos de 1409 mm e altura do assento de 789 mm – é bem acertada.

Conjunto de suspensões e pneus oferecem boa ciclística

O toque final da experiência ficou por conta do delicioso ronco do motor, que irá lembrar um caça aquecendo as turbinas aos mais animados. Tudo isso, saindo de um escapamento que orna com o conjunto da moto.

Veja também:

Consumo Honda CB 500F

Rodamos mais de 800 km com a Honda CB 500F neste teste completo.  Sua velocidade de cruzeiro fica na casa dos 130 km/h, enquanto a velocidade máxima foi de 167 km/h.

O consumo também agradou. Na estrada, a CB 500 chegou a fazer 36 km com um litro ao rodar ‘com mãos de fada’, dentro dos limites da rodovia. Já na cidade a média foi de 25 km/litro. Claro que com tocada esportiva ela bebe mais, caindo para menos de 20 km/h na estrada.Vale lembrar que o tanque tem capacidade para 17,1 litros.

Honda CB 500F entrega pacote que vai bem na cidade e encara estrada sem problemas

Honda CB 500F no mercado

A Honda CB 500F é a única naked 500cc no mercado nacional, sem uma concorrente direta. No entanto, rivaliza em vendas tanto com motos menores, como Yamaha MT 03 e Kawasaki Z400, quanto com motos acima de sua potencia, como a MT 07 e Z650.

Atualmente, a Honda tem preço sugerido de R$ 33.320 (R$ 38.631 na Tabela Fipe) e está disponível nas cores Prata Metálico (usada neste teste), Vermelho Perolizado e Laranja Metálico. Sai de fábrica com garantia de 3 anos e Honda Assistence, serviço que a marca oferece em todo o país, Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.



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