Ao longo dos anos, nos perguntamos infinitas vezes ‘como vai ser a moto do futuro?‘. Será que irá voar? Qual combustível usará? E sua potência, será maior que a das motos atuais?
Porém, como diz aquele jingle manjado, o futuro já começou. Hoje as motos adotam tecnologias que até pouco tempo atrás eram dignas de filmes de ficção científica ou de carros de luxo. Aliás, você já está tão habituado que usa algumas delas que nem as percebe.
A moto do futuro já chegou
Antes dos indícios de que a ‘moto do futuro’ já chegou, vale uma breve reflexão sobre o boom tecnológico pelo qual estamos passando no segmento duas rodas. E não falamos de parafernalhas eletrônicas ou componentes experimentais, mas sim de tecnologias funcionais que já foram integradas ao nosso dia a dia.
A injeção eletrônica é um bom exemplo. Comum nos carros brasileiros desde os anos 1980 – e nos importados ainda antes -, ela só chegou às motos nacionais em 2005 e ainda levou algum tempo para se popularizar. É curioso pensar que há apenas dez anos dizer ‘minha moto é injetada’ provocava espanto na roda de amigos.
1 – Computador de bordo
Item restrito aos carros de luxo há algum tempo, o computador de bordo é um recurso amplamente difundido entre as motocicletas atuais. Mesmo opções de baixa cilindrada já possuem alguma versão, ainda que mais básica, informando sobre consumo instantâneo, consumo médio, autonomia, velocidade média e nível da carga da bateria. Os scooter Honda PCX e Yamaha NMax, por exemplo, têm a tecnologia. Os mais sofisticados vão muito além, informando até sobre a pressão dos pneus.
2 – Suspensão ativa
Uma suspensão totalmente ativa, inteligente, que usa sensores para mapear as características do piso onde a moto está e ajusta as configurações da motocicleta para o melhor desempenho possível nesta situação. Fantástico! Coisa do futuro, certo? Errado. Marcas como a BMW oferecem sistemas similares há algum tempo. O primeiro da alemã surgiu em 2012, numa evolução da ‘suspensão dinâmica’, na superbike S 1000 RR HP4. Hoje está disponível mesmo em modelos muito menos exclusivos da marca, fazendo sucesso na R 1250 GS, por exemplo.
3 – Controle de cruzeiro adaptativo
O controle de cruzeiro (cruise control) em si tem um funcionamento bem simples, afinal limita-se a fazer com que a moto mantenha uma mesma velocidade sem nenhuma intervenção do piloto – ou seja, ele não precisa acelerar para mantê-la. Mas um sistema inteligente, que mapeia os veículos ao redor e mantém a mesma distância do carro da frente (calculando fatores como velocidade, frenagem, aceleração, distância) ainda que ele acelere ou freie é algo muito mais interessante.
E quase disponível na nossa moto do futuro de 2021. Marcas como KTM, Ducati e BMW já apresentaram diversos projetos de ACC, Adaptive Cruise Control. A Honda também vem trabalhando em sistemas do tipo. A alemã inclusive fez um vídeo exemplificando seu funcionamento. Os primeiros modelos a receber a tecnologia devem ser as grandes touring, como BMW K 1600 e Honda Gold Wing, aguardados já para 2022.
4 – Motos elétricas
Motos eletrificadas estão longe de ser um assunto recente. Aqui mesmo no Motonline nós já testamos motos elétricas há mais de dez anos! Porém, o segmento vem passando por um boom nos últimos anos e crescendo exponencialmente. A brasileira Voltz é uma prova disso.
Além disto, praticamente todas as fabricantes já vendem elétricas ou desenvolvem seus primeiros projetos na área. Até mesmo a Ducati, famosa pelas suas superesportivas, entrou na dança. Já a Kawasaki pretende lançar uma porção de elétricas nos próximos 4 anos.
5 – A moto do futuro (e voadora)
Fechamos a nossa lista de indícios de que a moto do futuro já está entre nós com chave de ouro. Diante de tantos avanços que tivemos em tecnologia você pode estar pensando ‘só falta voar’. Não falta mais.
Há muitos projetos de motos voadoras em andamento neste exato momento, diversos em fase final de desenvolvimento. Alguns, aliás, até já têm suas primeiras unidades à venda. Mas prepare o bolso, porque estas motos do futuro têm preço à altura de suas inovações.
Um exemplo é a Speeder, da marca americana JetPack Aviation. Voltada aos usos militares e civil, acelera até os 240 km/h e pode voar a 4.500 metros de altura. Ela já pode ser encomendada e custa R$ 1,9 milhão. Se você prefere produtos japoneses há a XTurismo Limited Edition, de R$ 3,9 milhões. E prepara-se, pois vem muito mais por aí.