A XRE 300 é uma das principais motos da Honda no mercado nacional, desenvolvida aqui e especialmente ao público brasileiro. Sucesso de vendas, chegou em 2009 e logo ocupou a posição de moto trail média mais vendida no território nacional, posição da qual jamais saiu.
Mas nem tudo na história da XRE são flores. Seus primeiros anos nas lojas foram marcados por polêmicas e problemas que quase mancharam sua reputação, obrigando a fábrica a promover ajustes rapidamente. Além disso, ela enfrenta boas concorrentes, em um nicho competitivo. Relembre agora 5 curiosidades do modelo.
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A XRE 300 foi lançada em 2009 e chegou com uma missão árdua, de substituir duas motos Honda de grande sucesso no Brasil. Assim, ela aposentou numa vez só as XR 250 Tornado e NX-4 Falcon, uma ‘trail raiz’ e outra com alguma aptidão para viagens. Ficava justamente no meio termo entre elas, com motor de 300 cilindradas.
Desta forma, a novidade precisava manter as características aventureiras da XR (de quem herdou diversos componentes) ao mesmo tempo em que mostrava melhor desempenho em viagens. Assim, recebeu motor mais potente e melhor aerodinâmica que a Tornado, assim como banco mais confortável. Foi aí que surgiu, por exemplo, a justificativa para seu famoso bico frontal.
Problemas no motor, especialmente no cabeçote, escreveriam o episódio mais polêmico na história da XRE 300 – tal qual da irmã CB 300R. O modelo veio equipado com um propulsor de 291 cm³, um cilindro e arrefecimento a ar e óleo, que gerava 26,1 cv, a 7.500 rpm e 2,81 kgfm aos 6.000 giros. O câmbio era de cinco velocidades (e não mais 6, como na XR 250), privilegiando o torque.
Assim, o motor tinha a mesma estrutura do antigo conjunto da Tornado (e CBX 250 Twister), porém redimensionado de 249 cc para 291 cc. Entre as mudanças, aumento no diâmetro das válvulas de admissão e escape, que acabaram deixando a espessura das paredes do cabeçote menor. Não demorou para surgirem as primeiras reclamações de superaquecimento, bem como de vazamento de óleo e trincas.
A má repercussão levou a Honda a atualizar a XRE em 2015 (já como modelo 2016), mesmo ano em que, curiosamente, a CB 300R foi aposentada. As mudanças incluíram uma longa lista de pequenos ajustes, incluindo o desenvolvimento de um novo cabeçote e válvulas menores. Desta forma, houve melhora na ventilação do próprio cabeçote, segundo a Honda, sanando os problemas.
A XRE 300 sempre vendeu bem, incluindo durante os conturbados anos em que sofria críticas pelos problemas mecânicos. Assim, nunca ficou atrás das principais concorrentes da Yamaha, Lander e Tenere 250, até mesmo em seu ano de lançamento.
Entre os destaques está o desempenho de 2014, quando vendeu mais de 37 mil unidades. Já 2021 marcou a retomada do modelo, emplacando quase 31 mil motocicletas. Em várias ocasiões ela vendeu sozinha mais que o dobro das Yamaha no mesmo calendário.
Vendas XRE 300 | ||
Ano | Emplacamentos | Total Yamaha 250 (Lander + Tenere) |
2021 | 30.949 | 20.198 |
2020 | 16.976 | 15.385 |
2019 | 24.718 | 17.270 |
2018 | 23.816 | 11.595 |
2017 | 22.794 | 11.531 |
2016 | 20.583 | 10.324 |
2015 | 28.420 | 13.770 |
2014 | 37.156 | 14.469 |
2013 | 34.548 | 15.334 |
2012 | 33.307 | 15.540 |
2011 | 33.289 | 15.381 |
2010 | 28.914 | 9.980 |
2009 | 10.998 (apenas 5 meses no mercado) | 10.864 |
TOTAL | 346.468 | 181.641 |
Fonte: Fenabrave
Apesar do bom desempenho nas lojas, a XRE sofria com a passagem do tempo. Aos poucos seu visual, caracterizado pelo grande bico dianteiro, ficava defasado. Isso ficou ainda mais claro quando a Yamaha apresentou a segunda geração da Lander 250, em 2018. Era hora de mudar.
Já no ano seguinte a Honda apresentou a XRE 300 atualizada, recebendo a mais significativa mudança até então. Era, praticamente, uma segunda geração da trail. As novidades estavam principalmente no visual, com carenagens mais compactas e modernas, assim como um bico menor e vazado, que combinam com o novo conjunto óptico – full LED. O painel passou a ser em LCD invertido, blackout. O conjunto mecânico permaneceu inalterado.
As versões especiais da XRE surgiram em 2013, ano em que o modelo ganhou motor Flex e outras novidades. Foi com o lançamento da Rally, opção com cores e grafismos exclusivos, inspirados nas motos de competição da marca, mais especificamente no Team HRC – Honda Racing Corporation. Nos primeiros anos teve versões com e sem freios ABS.
Já a XRE 300 Adventure veio mais tarde, como modelo 2018. Tinha visual de gosto peculiar, com detalhes amarelos nas rodas pretas e adesivos na balança. Tudo combinando com pintura em preto e prata. Desde que surgiram e até hoje as versões especiais se caracterizam apenas pelo visual distinto, preservando exatamente a mesma base mecânica da moto de entrada – hoje chamada apenas de XRE 300 ABS.
Desta forma, as XRE Adventure e Rally seguem no lineup da marca. Seus preços sugeridos são R$ 22.310 e estão disponíveis, respectivamente, em cinza fosco e vermelho. Já o modelo básico está à venda em cinza metálico, custando R$ 21.800. Segundo a tabela Fipe, nas concessionárias as motocicletas custam, em média, respectivos R$ 27.100 e R$ 26.291.
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