Yamaha deixa o Dakar após jejum de 24 anos

A Yamaha não voltará a participar do Dakar, a maior prova off road do mundo. A informação foi divulgada pela própria marca, que tem umas das mais ricas histórias dentro da competição.

Apesar do passado glorioso, a fabricante japonesa tem encontrado dificuldades para concluir as edições no topo da classificação. Seu último pódio veio em 2014, com um terceiro lugar, e a vitória mais recente aconteceu em 1998, há 24 anos. Na época o rali ainda acontecia na África e era percorrido com motos de até 850 cilindradas. Faz tempo.

 

Yamaha deixa o rali Dakar

A justificativa para deixar o rali Dakar é estratégica. Segundo a marca, o foco de suas operações sobre duas rodas será o desenvolvimento de novas motos para uso nas ruas, como a recém-lançada Ténéré 700 Raid. A empresa ainda continuará no evento sobre quatro rodas, apoiando pilotos que aceleram o UTV Yamaha YXZ1000R.

Vale lembrar que foi a Yamaha quem venceu a primeira edição do então Rally Paris-Dakar, em 1979. A conquista veio com o francês Cyril Neveu acelerando a então novidade XT 500. No ano seguinte, o feito seria repetido.

Quase duas décadas depois aconteceria o auge da marca no rali. A dupla Yamaha e Stéphane Peterhansel (piloto francês que é uma verdadeira lenda do Dakar) faturou a competição seis vezes, nos anos 1990. A ferramenta da vez era a poderosa Yamaha YZE 850T.

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Tempos difíceis…

Entretanto, os anos seguintes foram bem menos gloriosos. A Yamaha assistiu de longe o domínio da KTM na era americana do rali, que realizou suas provas de 2009 a 2019 na América do Sul. Obteve apenas quatro terceiros lugares. Já na fase mais recente da prova, que acontece desde 2020 na Arábia Saudita, a fabricante sequer chegou ao pódio. O domínio está nas mãos das rivais Honda e KTM / GasGas.

Assim, o último título da fabricante foi obtido em 1998. Ao todo, foram 44 participações ininterruptas da marca, a única a participar de todas as largadas já realizadas da competição. Sentiremos sua falta, Yamaha.