Acha que o atleta vai para a corrida logo após um aperto de mãos com os patrocinadores? Pois bem, você está errado. Os contratos de pilotos possuem cláusulas, aditivos e muito trabalho de advogados. Veja algumas curiosidades sobre esse tema e fique por dentro do assunto!
1. Quando um atleta assina um contrato, ele permite que o time use seu nome para vender, distribuir, divulgar e até licenciar produtos da equipe. E o piloto não abre mão de qualquer direito sobre os royalties, que dura até o fim do contrato. Sem contar que o jovem não pode fechar nenhum acordo de licenciamento e promoção sem o aval da equipe.
2. O piloto não pode discutir o conteúdo do contrato com ninguém que esteja fora do time. Então, ele não pode revelar nenhuma invenção ou desenvolvimento de novidades para a sua moto.
3. De acordo com os termos do contrato de piloto, o atleta deve sempre competir para ganhar. Mas, se não estiver em condições de vencer, ele deve beneficiar outro membro do time que esteja em uma situação melhor. Isso é ilegal pelas regras do AMA (Associação Americana de Motociclistas), porém, ocorre com frequência.
4. O piloto deve isentar a equipe de qualquer tipo de responsabilidade legal por lesão, danos materiais ou morte ocorridos quando estiver correndo pela equipe. E esta não vai providenciar nenhum tipo de seguro saúde, cuidado médico ou compensação trabalhista para o atleta. O motivo e simples: o corredor não é considerado um empregado, mas um prestador de serviços.
5. O corredor pode ser mandado embora com aviso prévio de cinco dias por quebrar o contrato (sem justa causa) ou porque foi condenado por algum crime/cometer um ato imoral que reflita na imagem do time.
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6. Caso desrespeite qualquer termo firmado no contrato de piloto, ele está sujeito a multas de até US$ 25 mil/termo.
7. O atleta não é dono de sua moto. A fábrica fornece-as, mas apenas em eventos em que o time esteja interessado. Assim, o piloto recebe as motos de treino, incluindo a transferência da documentação, e o corredor nunca pode emprestá-la para outra pessoa.
8. O rapaz deve sempre estar disponível para promover a equipe/linha de produto até 35 dias por ano. O que inclui: sessões de autógrafos e eventos em revendas. Se faltar em muitos compromissos, ele pode ser penalizado.
9. Ele nunca deve usar nenhum produto que seja da concorrência, incluindo scooters, barcos, motos, acessórios ou peças de moto.
10. Após uma notificação de 48 horas, o atleta pode ser solicitado a fazer testes de drogas. Normalmente, eles envolvem coleta de sangue e de urina. O AMA tem suas políticas contra drogas e o número de testes é de duas vezes por ano.