O mercado de motos segue aquecido. De acordo com a Fenabrave, janeiro de 2022 registrou número de emplacamentos 4,49% superior ao mesmo mês do ano passado. É uma diferença pequena, mas suficiente para renovar as expectativas que este será um bom calendário ao setor de duas rodas.
Mercado de motos começa 2022 no azul
Ao todo foram emplacadas 89.685 unidades, contra 85.832 de janeiro de 2021 – ou seja, 3.853 motos a mais. Para comparação, os carros estão num movimento bem diferente, enfrentando queda de 29,5% comparando janeiro de 2022 com o mesmo mês do ano anterior.
Naturalmente, a Honda segue dominante no mercado de motos em 2022, com 75,2% de market share. A Yamaha começa o ano bem, com 18,9% (acima do recorde histórico obtido em 2021). Em terceiro lugar está a Shineray (1,49%), seguida de Kawasaki (0,64%), BMW (0,61%) e Royal Enfield (0,53%).
Horizonte delicado
Apesar do crescimento, os números sugerem cautela. Isto porque tivemos retração de 20,2% em comparação com o mês anterior, dezembro de 2021, quando foram emplacadas 112.401 motocicletas.
Neste momento, segundo o presidente da Fenabrave José Maurício Andreta Jr, as marcas sofrem com os baixos estoques de suas concessionárias, que geram fila de espera e ameaçam as entregas. Além disso, há escassez de insumos e componentes. Além disso, a inflação e alta nos juros comprometem os financiamentos. Atualmente, apenas 37% das propostas enviadas aos bancos são aprovadas.
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CG 160, a rainha do mercado de motos
Os números de janeiro trouxeram movimentos previsíveis, com poucas exceções. Assim, a CG 160 segue intocável no posto de moto mais vendida do Brasil, colecionando 23.938 emplacamentos no mês. Como tivemos 21 dias úteis, podemos afirmar que a street vendeu 1.139 motos (!) por dia no país. O segundo lugar ficou com a Biz, somando as 110i e 125, com 12.571 unidades.